Egito - Uma experiência única (parte II)
- simbiosedancas
- 11 de ago. de 2014
- 2 min de leitura
Voltando aos templos e túmulos, são lugares mágicos, de uma imponência, e energia que jamais vi. Eu me maravilhava a cada nova visita, a cada novo templo, a cada novo túmulo. Muitas coisas sim destruídas pelo tempo, por guerras e por depredações de outras culturas que por ali passaram, mas é incrível ver uma pintura ainda em sua essência e bem conservada, com mais de 3000 anos a.c. Um sonho, que os próprios “guias” internos, pessoas locais dispostas a te “ajudar” dentro desses monumentos não respeitam! Fiquei indignada com essas pessoas que “permitam” que tirássemos fotos escondidas das partes internas dos túmulos, onde ainda permaneciam pinturas sobreviventes ao tempo. Meu Deussss, se o fato de estarmos alí já deteriora o interior desses lugares, imaginem ficar subindo e batendo fotos, e se tiver flash, eu quero morrer... ah! Briguei com quase todos, pois eles queriam as gorjetas para você tirar foto, degradar o local com tanta historia, me deixava maluca. E fora isso, sim, em cada monumento, em cada local de visita, a cada esquina praticamente, alguém querendo vender algo aos turistas. E pensa em pessoas insistentes, mas insistentes ao ponto de entrar na sua frente e quase esfregar as coisas na sua cara. Isso pra mim foi uma parte bem irritante da viagem, eu com essa minha paciência toda, já queria bater em meio mundo. E se você não comprar, te perguntam “Mas porque você não compra !?” com um tom bravo na voz, como se eu fosse obrigada a comprar tudo que me oferecem. Nisso tudo aprendemos uma frase mágica “Mafi filuz” que significa “acabou o dinheiro” e saímos cantando isso ao longo das travessias pra ver se os vendedores deixavam a gente em paz. E aqui está o motivo de não tocarmos nas mercadorias, para que eles não sejam mais ainda insistentes, afinal temos a cultura de olhar só por olhar, lá não, se olhou você quer comprar, e ele insistirá nisso até que você seja vencida pelo cansaço.
E o rio Nilo, um gigantesco mar doce, o rio que navegamos por 4 dias. Todo o Egito está basicamente as suas margens, um contraste de areia, pedra, vegetação, água e cidade. E que lua, a estrela cadente mais linda que já vi caiu lá. Atracávamos a cada cidade para ver os monumentos e as vilas. Nesse percurso andei de camelo e mergulhei no Nilo, dizem que ele trás boa sorte, então não custava tentar. Logicamente bateu uma enorme vergonha ao ficar de biquíni foi enorme no meio daquele povo que está acostumado a ver suas mulheres cobertas por completo. Sim, as mulheres andam de burca, e as que não, estão com seu corpo completamente coberto por camadas e mais camadas de roupas, quase todas com o véu cobrindo seus cabelos e os mais rígidos apenas aparecem os olhos. Até por isso que não nos sentíamos a vontade de deixar o corpo à mostra, mesmo com aquele calor infernal. E como aquele véu ajuda a proteger a cabeça, o sol é de fritar os miolos, e o véu causa um alivio muito grande, viramos adeptas também de cobrir as cabeças por necessidade.

Continua...
Por Érika Aysel
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