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Egito - Uma experiência única (final)

Depois de 5 dias de exaustão de roteiros culturais, tivemos uns dias de folga em um lugar maravilhoso chamado Hurgada. A cidade beira o mar vermelho, praia linda, de aguas claras e salgada que parece que jogaram todo sal do mundo naquele mar. As praias são particulares dos hotéis a beira mar, ficamos num hotel maravilhoso, com parte da praia reservada e visitada por muitos turistas. Como era baixa temporada, havia muitos turistas dos próprios países árabes, lá a alta temporada é no inverno, e com o sol escaldante entendi o porquê. Surpreendemos-nos ao ir para a piscina com nossas roupas de banho, afinal como será que as mulheres entram na água com o corpo coberto. E descobrimos, elas usam uma roupa especial, com material para ser usado na água, que pra mim se assemelhava ao tecido usado para trajes de surfistas, mas num modelito completamente coberto, deixando de fora apenas os pés e as mãos. A principio ficamos um tanto quanto espantadas, mas após algum tempo nos acostumamos com aquela cena, e imaginamos que pra elas nós também éramos “estranhas”, afinal mostrávamos muito nosso corpo. Nessa cidade foi o único lugar que vimos bares e pubs, o restante do país a bebida alcoólica não é vendida em local algum, e como essa cidade era basicamente feita para turistas e vive ao redor disso, lá havia uma vida noturna. O restante da viagem, nós brasileiras, fazíamos a nossa festa.

Ok ok, até agora muitas novidades, mas e a dança? Hummmm, assunto complexo. A dança é para turista lá. Basicamente assisti 3 shows de dança do ventre, o restante foi de Sufi e danças regionais executadas por homens. O primeiro show de dança do ventre foi no navio, se é que podemos chamar aquilo de show. A bailarina mal sabia fazer um shimmie, e como o nosso grupo era formado em grande parte por bailarinas, acabamos fazendo o show do navio, sabe como é, a musica entra e os movimentos saem, hahahahaaha. Dançávamos a noite toda na pista do navio, e foi incrível ver que os próprios turistas que estavam no navio esperavam as brasileiras dançarem, fizemos publico lá, e foi a sensação mais incrível receber elogios de todos os lados, de turistas e dos próprios egípcios. O segundo show foi em Hurgada, no hotel. Lá havia uma bailarina egípcia, que nitidamente havia aprendido sua dança alí, dentro da sua cultura, com muito shimmie e peito, mas basicamente só isso. Como de praxe, as brasileiras acabaram na pista dançando com ela, e nisso ela me pediu para dançar a próxima musica com ela. Muito educadamente me fez entender que o show era dela, então ela ditava as regras da dança, mas me saí bem, afinal estudamos muito aqui, e tudo que ela fez eu repetia com facilidade, apenas o movimento de bumbum da Dina que eu particularmente não gosto e dei um jeitinho de não fazê-lo. Ela super simpática me elogiou e agradeceu minha participação no show dela. A terceira foi na capital Cairo, no show do hotel também, uma russa, que me pareceu ter uma técnica melhor, mas nada comparado a nossa estrutura de show. Lembrando que a dança do ventre é para turista e como poucos conhecem acham tudo lindo, nós como estudantes dessa arte, olhávamos com um olhar mais técnico, o que nos decepcionou um bom tanto. Na minha concepção era de que como elas aprendem de berço, não se preocupam com a apresentação de formato de show como conhecemos, por isso acho que a russa tinha uma estrutura melhor de apresentação, mas como eu disse, olhamos muito como tecnica, mas dificil não olhar quando se estuda a dança . Mas entendi que se eu quisesse ver um show de dança do ventre teríamos que procurar em outros lugares mais específicos.

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E por ultimo e mais enlouquecedor, o mercado Khan el Khalili. Vocês não tem noção o que é uma 25 de março varias vezes maior, com infindáveis coisas árabes para se comprar. Pensa que com 9 mulheres e 1 guia para negociar para a gente ele não quase surtou. No roteiro havia apenas um dia de visita a este mercado, mas é logico que fizemos com que virassem 3. Era tanta coisa linda, que dava vontade de trazer tudo. Mas para nós bailarinas, tínhamos algumas coisas muito específicas para comprar, então existiam lojas que precisávamos passar, por indicação de outras pessoas que já haviam visitado o país. E isso é muito importante, saber onde ir alí dentro, como a quantidade de lojas é muito grande, e se perder alí é coisa de minutos.

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Em resumo, a viagem foi um tiquei na minha lista de sonhos a serem realizados, um acúmulo de bagagem na minha malinha da vida. Lugar incrível, com uma energia inimaginável, que só estando lá para sentir. Super recomendo a todos, mas antes leia sobre a cultura, sobre os costumes, para que não se surpreenda com tantas diferenças culturais.


Fim

Por Érika Aysel

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