Com a palavra, a Aluna: Nicolli conta sua experiência no II Congresso Tribal Sulamericano
- simbiosedancas
- 15 de mai. de 2017
- 2 min de leitura


Na terça-feira pós Congresso Tribal, era aquela pitada de saudade misturada com uma empolgação generalizada, afinal faço aula de ATS de terça e com isso sabia que não ia ter abstinência de dança o dia todo.
No fim da aula, já na rua caminhando para ir embora, eis que surge um gato. Sim, um gato com os olhos gigantes, alerta para a noite. Eu não sei de onde ele saiu, nunca havia visto aquele serzinho ali antes. Só sei que ele fez um esforço danado para estabelecer contato; veio até mim e minhas amigas de dança, se esfregando em minha perna, miando e caindo de barriga. Sério, do nada.
Dei o quanto podia de carinho e tentei então continuar caminhando, mas ele continuou me seguindo, se esfregando feito doido, feliz da vida. Quem aqui gosta de gatos não me deixa mentir, eles SABEM! Bom, tudo isso para chegar no assunto. Na aula de terça fizemos algo inédito para o grupo, uma primeira tentativa de Dancing in Flow®.
Às vezes de relance eu via o sorriso estampado na cara de minhas amigas de dança, sentindo, simples assim. Não tinha como não me lembrar do sorriso que me veio tão natural quando participei do Flow no Congresso, me sentindo parte de algo tão grande e maravilhoso. Entrar em sintonia enquanto nos movemos foi ao mesmo tempo tão simples e tão satisfatório que parecia escapar pelos poros.
Como depoimento do que o Congresso Tribal significou para mim, acredito que “voltamos” todas de lá com muita bagagem. “Voltar” aqui vem entre aspas, porque depois de sentir tanto e aprender tanto, você não volta, você traz isso com você. Você continua sentindo na sua pele, na suas veias, enchendo seus pulmões. O som dos snujs em uma aula cheia de gente, cheia de uma vontade generalizada de dançar. Pessoas que eu nunca tinha visto antes e que estavam ali, todas verdadeiramente presentes, ressoando junto com as músicas, dançando seus sentimentos e exercitando sua maneira tão única de expressão.
Novas técnicas, sequências inspiradoras e, pelo menos para mim, muitas vezes desafiadoras. Cada professora ou professor com sua maneira única de nos inspirar e transmitir conhecimento, ficando aquele gostinho de quero mais ao fim da uma hora de aula. É incrível ver o quanto o corpo é capaz de persistir quando a mente está sintonizada naquilo que te nutre e te faz bem. Claro, era um corre-corre pra tentar anotar o máximo de informação possível, beber água, tentar comer um negócio e em 10 minutos já começar tudo de novo...
O que fica é gratidão. Pela experiência, pela troca, pelo carinho de todos os presentes, pela oportunidade de estar presente e se sentir presente, se sentir tribo e se sentir tribal.
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